Quem se recordará das virtualidades de um passado histórico, como é o caso da Pedra de Mesa?
Situada no bairro do Pontão, assentava em três pernos redondos, com a copa arredondada, com grandes tradições, junto dela faziam-se julgamentos.
Ao lado ficava o tribunal, que ainda hoje existe no mesmo prédio, com alguns desenhos gravados na parede. Pena foi que o destino lhe tivesse reservado fim tão inglório; um acto impensado quebrou-lhe a pedra primitiva, vindo aquela a ser substituída pela actual.

    Muito perto, a escassa meia dúzia de metros, situava-se a fonte da cuca, onde habitualmente se extraiam as aguas, quer para consumo, quer para os restantes serviços.

Restam-nos, em jeito de recordação as quadras que dela deixaram:

Adeus ó pedra de mesa

cá do bairrinho do pontão

donde se liam as audiências

donde escrevia o escrivão

(donde algo se concedia perdão)

 

Adeus ó pedra de mesa

Cá tão linda e amante

Ninguém te pode roubar

Do que tens tão importante

 

Adeus ó pedra de mesa

Quem te conta o teu passado

Donde escrevia o escrivão

Durante o actual julgamento

 

Adeus ó pedra de mesa

Como tu não há igual

Sempre só nesse larguinho

Mesmo em frente ao tribunal

 


 

PEDRA DE MESA